Páginas

quarta-feira, 15 de junho de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PARA AQUELES QUE DIZEM GUARDAR O SÁBADO...

Os 39 Trabalhos proibidos

O Shabat é um presente Divino, um dia destinado a renovação de nossas forças e energias e diretriz da semana que irá começar. Para alcançar essa inspiração, e descanso espiritual, a Torá instituiu uma série de trabalhos (melachá, pl., melachot), os quais somos proibidos de fazer no Shabat.

A tarefa proibida de realizar no Shabat não é necessariamente um trabalho pesado. Pode ser o simples ato de apertar o botão do interruptor para acender uma luz, que não requer muito esforço. Na maioria dos casos, é um trabalho por meio do qual cria-se algo que não existia antes, como uma nova faísca de eletricidade.

Assim como D’us terminou a Criação em seis dias e "descansou" no sétimo, nós, que nos espelhamos n'Ele, nos privamos de "criar" no dia de Shabat, demonstrando claramente que acreditamos que só Ele é o Criador.

Não existe na Torá uma descrição explícita dos trabalhos proibidos no Shabat. Porém, nossos sábios chamam a atenção para o fato de que o mandamento de cuidar para não fazer trabalho no Shabat antecede imediatamente a ordem da construção do Santuário no deserto. Como cada detalhe na Torá foi projetado para nos transmitir uma lição de vida, nossos sábios concluíram que o Shabat antecede os trabalhos necessários para a construção e funcionamento do Mishcán. Portanto, a intençnao da Torá é nos ensinar que no Shabat não devemos realizar estas tarefas especÌficas, exceto em caso de risco de vida, pois salvar uma vida precede qualquer proibição de Shabat.

O Santuário foi construído de madeira, revestido de ouro, coberto por fora com peles de animais e internamente por cortinas costuradas com fios de pelo de cabrito. Assim, todos os trabalhos ligados ao plantio, tecelagem, costura, curtimento, construção, escrita, cozimento e transporte de objetos de um local a outro, dispensado na construçã do Santuário, são proibidos no Shabat.
Os trabalhos no Mishcán eram destinados às seguintes tarefas: onze para o feitio do pão (desde semear o trigo até assar o pão); treze para a confecção dos tecidos (desde a extração da matéria-prima à tecelagem); sete para o preparo dos couros (desde o abate do animal ao curtimento); sete relativos à montagem do Santuário; e um ao carregamento de suas partes e objetos.

Somam-se no total 39 trabalhos, denominados "trabalhos matrizes" ("avot melachot"). Nossos sábios, identificaram o caráter básico de cada um - por sua finalidade ou pelo modo como é feito - e apontaram uma série de outros atos aos quais esses aspectos se aplicam; consequentemente, estão incluídos nos trabalhos proibidos pela Torá, sendo derivados e/ou ramificações dos trabalhos matrizes. Além disso, há vários trabalhos que nossos sábios nos restringiram de fazer, para ter no Shabat uma atmosfera menos ligada ao cotidiano e também para não transgredir qualquer proibição da Torá. Vale notar que os acréscimos dos sábios às leis da Torá têm aprovação Divina, pois a própria Torá nos ordena obedecer os sábios.

Os 39 trabalhos matrizes proibidos no Shabat estão enumerados a seguir, acompanhados de exemplos práticos para ilustrar como e onde se aplicam hoje em dia:

1. "Arar" - cavar a terra, tornando-a mais propícia ao plantio.


Exemplos práticos desta proibição: revolver a terra com ajuda de animal, arado ou trator; arrastar um banco pesado ou brincar com bolas de gude sobre o solo.

2. "Semear" - ato para estimular o crescimento da planta.

Exemplos práticos desta proibição: jogar sementes frutíferas na terra; dispor flores num vaso com água; colocar adubo ou inseticida numa planta.


3. "Colher" - desenraizar uma planta do local onde cresceu.

Exemplos práticos desta proibição: cortar grama; colher frutas. Nossos sábios proibiram subir em àrvores ou embalar-se numa balança pendurada num galho.

4. "Agrupar a colheita" - agrupar cereais, frutos ou vegetais no local onde cresceram.

Exemplos práticos desta proibição: agrupar laranjas que caíram da àrvore; fazer um buquê de flores.
Esse trabalho só se aplica a derivados da terra e no local onde nasceram. Portanto, é permitido juntar livros no jardim ou maçãs espalhadas na cozinha.

5. "Debulhar" - separar a parte utilizável (desejada) dos produtos da terra da inutilizável (indesejada), usando força ou pressão. Antigamente, para separar a semente da casca do cereal, usava-se uma tábua especial amarrada a um animal, que arrastava-a sobre os grãos, separando-os.

Exemplos práticos desta proibição: fazer suco de uva; ordenhar vaca; espremer suco de fruta cítrica; tirar ervilha da casca (se a casca não for comestível).
É permitido espremer suco de limão diretamente sobre salada ou peixe para temperá-los, se estes não contêm nenhum líquido.

6. "Dispersar o grão ao vento" - jogar sementes ao vento para separar a parte utilizável (desejada) da não utilizável (indesejada). Mais uma forma que usava-se antigamente para separar as cascas dos grãos era jogar o cereal ao vento; assim a palha que é mais leve voava enquanto os grãos caíam no solo.

Exemplos práticos desta proibição: cuspir em direção ao vento; assoprar em amendoins para que as cascas voem e se separem.
7. "Selecionar e separar" alimento não utilizável (indesejado) do utilizável (desejado) ou separar de acordo com diferentes tipos.

Exemplos práticos desta proibição: separar a cebola (que não se quer comer) da salada; separar uma fruta estragada das demais; usar um descascador; descascar frutas ou legumes (mesmo com faca ou a mão) com antecedência; selecionar alimento sólido de uma sopa por meio de escumadeira; classificar utensílios, brinquedos ou livros de acordo com tamanhos e tipos.
É permitido descascar frutas ou legumes com faca ou a mão (não com descascador), desde que seja pouco tempo antes ou durante a refeição.
8. "Moer" - desfazer algo sólido em pedaços muito pequenos.

Exemplos práticos desta proibição: ralar legumes, picar verduras em pedaços pequenos, amassar batata cozida com amassador; amassar banana ou abacate com garfo; serrar madeira com interesse na serragem. Nossos sábios proibiram tomar remédios ou vitaminas em Shabat, exceto em caso de doença.
É permitido amassar com garfo alimento que não cresce na terra (como ovo cozido) ou esfarelar pão ou bolo.
9. "Peneirar" - separar alimento utilizável (desejado) do não utilizável (indesejado) por meio de peneira, coador ou similar.

Exemplos práticos desta proibição: peneirar farinha; coar vinho num coador especial; peneirar areia.
10. "Fazer massa" - formar massa consistente, misturando ingredientes.

Exemplos práticos desta proibição: fazer mingau (cereal em pó + leite), gelatina (pó + água), creme de chocolate (cacau ou chocolate em pó + margarina) ou cimento (cal + água); misturar purê de batata com manteiga ou margarina; misturar maionese com ketchup, formando consistência pastosa (se for líquida, é permitido).
É permitido misturar cereal em flocos com leite. Ao fazer mingau de cereal em pó para beber, deve-se colocar primeiro o leite no prato e depois acrescentar o cereal, formando uma massa líquida (não sólida).
11. "Assar/cozinhar/fritar" - colocar alimento sobre fogo ou qualquer fonte de calor, como chama aberta, chapa elétrica, brasa, chapa de metal pré-aquecida ou até em banho-maria na panela que já esteve por cima do fogo ou da chapa. Exige-se muita prudência ao aquecer alimentos no Shabat para não chegar a transgredir esta proibição, que inclui inúmeros detalhes.

Exemplos práticos desta proibição: esquentar alimento sobre fogo; misturar alimento que ainda está na panela onde foi cozido (exceto água); tampar panela (que está sobre a chapa) se a comida não estava totalmente cozida na entrada do Shabat; abrir torneira de água quente.
Para ter comida quente no Shabat, deve-se deixar previamente os alimentos por cima de um fogo coberto por uma chapa de metal ou numa chapa elétrica (costuma-se cobrir os botões para não regulá-los distraidamente); É permitido aquecer alimento sólido(sem molho ou gordura) por cima (mas não dentro) de panela que se encontra nesta chapa. É permitido cozinhar diretamente no calor do Sol, mas não sobre algo que foi previamente aquecido pelo Sol; portanto, pode-se esquentar um ovo no calor dos raios do Sol sobre prato, panela ou frigideira fria (se o utensílio foi previamente esquentado no Sol, é proibido), mas é proibido utilizar água quente de aquecedor solar.
12. "Tosquiar" - aparar pelos que cresceram no corpo do animal ou do homem.

Exemplos práticos desta proibição: depenar ave; cortar cabelo; cortar ou roer unhas; passar pente ou escova nos cabelos (que podem arrancar os cabelos) tirar sobrancelhas.
13. "Lavar" - tornar tecido ou roupa mais limpo.

Exemplos práticos desta proibição: tirar qualquer mancha; deixar tecido de molho; colocar roupa na máquina; torcer pano molhado; pendurar roupa molhada para secar.
É permitido jogar água sobre objeto de couro sem esfregá-lo.
14. "Desembaraçar a lã não trabalhada". A lã extraída do carneiro quando tosado encontra-se embaraçada e repleta de elementos estranhos como terra e areia. Antigamente passava-se uma espécie de pente para retirar impurezas e desembaraçá-la.

Exemplos práticos desta proibição: pentear fios de lã, linho ou algodão.
15. "Tingir" - alterar ou fortificar a coloração.

Exemplos práticos desta proibição: tingir tecidos; alterar cores através de recursos químicos; pintar qualquer objeto com rolo, pincel ou spray; passar batom nos lábios ou maquiagem nos olhos ou no rosto; enxugar as mãos num tecido com sujeira que pode acabar coloridindo o tecido como alimentos entre os quais morango, vinho, etc.
É permitido alterar a coloração de alimentos para melhorar seu sabor. Pode-se usar guardanapos de papel para enxugar as mãos.
16. "Fiar" - esticar e enrolar manual ou mecanicamente lã ou outra matéria prima já penteada e tingida.

Exemplo prático desta proibição: enrolar fios do tsitsit.

17. "Esticar o fio para prepará-lo para tecer" - esticar os fios entre os dois extremos da roca (máquina de fiar).

Exemplo prático desta proibição: esticar fios (numa direção) em moldura de tear manual, como para iniciar a tecer um tapete.
18. "Passar o fio entre dois anéis". No tear, os fios são passados por vários anéis que se alternam entre si, subindo e descendo, para compor o tecido.

Exemplos práticos desta proibição:
fazer uma peneira; entrelaçar cesta de vime ou cadeira de palha.
19. "Tecer" - entrelaçar fios no sentido horizontal por entre fios esticados verticalmente. Com este trabalho confecciona-se o tecido propriamente dito.

Exemplos práticos desta proibição: fazer tricô ou tapeçaria; trançar corda ou fios.

20. "Desfazer os fios a fim de retocá-los".

Exemplos práticos desta proibição:
puxar fio solto na roupa; retirar tapete da moldura onde foi confeccionado.

21. "Atar" - dar nó que não se desfaz facilmente.

Exemplos práticos desta proibição:
fazer nó de marinheiro; apertar nó de tsitsit; fazer nó duplo; trançar dois fios para formar corda; juntar dois cordões com um nó, formando um só cordão.
É permitido fazer nó de gravata ou amarrar o sapato (mesmo se não for desfeito dentro de 24 horas), pois na verdade trata-se de laço, que não é considerado nó.
22. "Desatar" - desfazer um nó (o qual não teria sido permitido fazer no Shabat).

Exemplos práticos desta proibição:
desatar fio que junta par de meias novas; desfazer nó duplo; desatar corda, separando os fios individualmente.
Se um laço no sapato complicou-se e acabou formando um nó, é permitido desfazê-lo de forma não usual (com shinui) se tiver que tirá-lo.
23. "Costurar" - unir dois tecidos ou materiais em geral.

Exemplos práticos:
fazer bainha de roupa; colar papéis com fita adesiva ou cola; puxar e/ou enrolar fio de botão que está caindo para torná-lo mais firme.
Zíper ou velcro não são considerados costura e, portanto, é permitido abrir ou fechá-los no Shabat.
24. "Rasgar intencionando suturar" - rasgar qualquer material para uni-lo depois.

Exemplos práticos desta proibição:
descoser a fim de costurar novamente; abrir envelope colado ou lacrado.
É permitido rasgar saquinho de papel ou plástico para retirar o alimento de maneira que o saquinho não será reaproveitado (com cuidado para não rompê-lo no meio de letras impressas nem descolá-lo).
25. "Caçar" - aprisionar um animal vivo e impedir que se livre.

Exemplos práticos desta proibição: perseguir animais com cachorro de caça; tampar uma garrafa onde um mosquito entrou; espalhar ratoeira.
É permitido prender e/ou matar animais (como cobra ou serpente) quando são ameaça iminente à vida da pessoa.
26. "Abater" - Tirar a vida de um animal.

Exemplos práticos desta proibição:
fazer o ritual da shchitá; borrifar inseticida; pescar; espalhar veneno contra animais ou insetos; causar hematoma; tirar sangue de pessoa ou animal.
É permitido aplicar repelente sobre o corpo, pois não se está matando os insetos, e sim impedindo que se aproximem.
27. "Pelar o couro" - retirar pele de animal morto.

Exemplo prático desta proibição:
separar couro em camadas.
É permitido retirar a pele do frango cozido (próximo ou durante a refeição), pois é considerado parte do alimento.
28. "Curtir o couro" - preparar couro, usando sal, cal, ou outros meios.

Exemplos práticos desta proibição:
engraxar sapato de couro mesmo com graxa incolor; salgar a carne crua após o abate; colocar legumes para curtir; devolver um pepino azedo meio curtido para salmoura.
É permitido temperar uma salada, próximo à refeição, colocando outros temperos antes ou junto com o sal.
29. "Alisar o couro" - retirar pêlos e imperfeições do couro.

Exemplos práticos desta proibição:
lixar algo; alisar argila; colar vela com chama de fogo (mesmo nos dias festivos); passar creme na pele.
Em caso de doença é permitido aplicar pomada (de forma não habitual – com shinui) numa ferida, sem alisá-la (mesmo que se alise por si só).
30. "Demarcar o couro" para cortá-lo.

Exemplos práticos desta proibição:
traçar linhas para escrever sobre elas; fazer pontilhado para saber onde dobrar ou cortar o objeto.

31. "Cortar" seguindo uma certa medida.

Exemplos práticos desta proibição: cortar um desenho seguindo o pontilhado; arrancar folhas de caderno; apontar lápis; cortar papel higiênico ou saquinho plástico de um rolo; separar lenço de papel quando um está preso ao outro; serrar madeira ou metal; cortar pano; separar páginas de um livro quando estas não foram cortadas na gráfica.
32. "Escrever" ou esculpir letras, figuras ou sinais que sirvam como códigos de comunicação.

Exemplos práticos desta proibição:
escrever com dedo sobre líquido que derramou na mesa, num vidro embaçado ou na areia, carimbar, unir peças de quebra cabeças; bordar letras ou figuras.
Nossos sábios proibiram uma série de ações em que é quase automático o uso da escrita, como negociar (pois implica em fazer contrato); medir ou pesar algo; dar um presente; trabalhar no Shabat em troca de um salário diário; fazer contas de matemática; ler no jornal propaganda sobre compra e venda de móveis ou imóveis.
É permitido medir febre com termômetro.
33. "Apagar" - anular qualquer escrita ou código comunicável com a intenção de reescrever no mesmo local.

Exemplos práticos desta proibição:
apagar lousa escrita com giz; apagar com borracha; cortar embrulho onde há letras escritas; cortar letras carimbadas ou coladas em frutas.
Nossos sábios proibiram ler listas de qualquer tipo para não chegar a apagar algo da lista.
É permitido comer alimentos cujas letras são parte do próprio alimento, como biscoitos (neste caso, as letras e o alimento são considerados um único elemento). Porém, quando o alimento e as letras são compostas de materiais diferentes, como letras escritas com creme sobre um bolo de chocolate, as letras devem ser retiradas por completo antes de cortar o bolo.
34. "Construir" - ação ligada à montagem ou construção.

Exemplos práticos desta proibição:
todas as tarefas relativas à construção, como cavar, encaixar portas e janelas, furar ou bater prego na parede, etc.; montar tenda; abrir guarda-chuva; montar qualquer utensílio; fazer queijo; fazer trança de cabelos; usar spray para fixar penteado.
35. "Destruir ou demolir" com a intenção de reconstruir no local.

Exemplos práticos desta proibição:
retirar telhas do telhado; arrancar prego da parede; arrombar porta; desfazer tenda; desfazer caixa de madeira; desmanchar trança de cabelos.
36. "Acender fogo" - aumentar, prolongar ou propagá-lo.

Exemplos práticos desta proibição:
riscar fósforo; acender chama de gás; ligar luz elétrica (por isso é proibido abrir porta de geladeira que automaticamente acende a luz interna; a lâmpada da geladeira deve ser desativada ou afrouxada antes do Shabat); acrescentar azeite numa lamparina; ligar motor do carro; acelerá-lo; obter faíscas através do atrito entre duas pedras; refletir a luz do Sol em lente de aumento para queimar papel.
37. "Apagar fogo" ou diminui-lo.

Exemplos práticos desta proibição:
apagar fogo através de vento (abrindo janela), areia ou sopro; abaixar fogo ou chama de gás; desligar luz elétrica; retirar azeite de uma lamparina; desligar motor do carro.
Nossos sábios proibiram ler à luz de azeite, pois estando concentrada na leitura a pessoa pode esquecer que é Shabat e mexer no pavio ou no azeite para enxergar melhor.
38. "Terminar a manufatura de qualquer objeto" (denominado "bater com martelo", pois o ferreiro termina sua obra com uma última martelada) - dar o "toque final" para que um objeto possa ser utilizado.

Exemplos práticos desta proibição:
afiar faca; desentortar garfo; colocar cordão num sapato novo; retirar fios deixados por costura; cortar uma lasca de madeira para usar como palito de dentes; encaixar pé que se soltou da cadeira; apertar parafuso para recolocar lente de óculos.
Nossos sábios proibiram mergulhar qualquer utensílio no micve; nadar; remar; tocar instrumentos musicais.
39. "Transportar de propriedade particular para pública e vice-versa" - transportar, jogar, entregar, empurrar ou fazer qualquer tipo de transferência de uma área de propriedade pública para uma de propriedade privada ou vice-versa, a não ser vestir roupas e outros adornos como kipá, óculos de grau, jóias, etc. Também é proibido carregar qualquer objeto num perímetro equivalente à distância de 1,92 m, em área de propriedade pública.

Exemplos práticos desta proibição:
sair para a rua com lenço ou chave no bolso; mastigando bala ou chiclete; com botão solto na roupa; com óculos de leitura ou de sol; entregar ou jogar um objeto pela janela ou porta de residência particular para alguém que se encontra na rua ou vice-versa.
Se a pessoa encontra-se numa propriedade pública e se dá conta que está com algum objeto no bolso, não deve parar; se o objeto não for de valor, deve deixá-lo cair enquanto continua andando (sem dar uma parada); se for de valor, deve continuar andando até voltar à propriedade particular de onde saiu com o objeto no bolso, sem parar no caminho.
É permitido levantar um grampo de cabelo que caiu na rua e recolocá-lo no cabelo se não ultrapassar 1,92 m ao fazê-lo.
Além destes 39 trabalhos matrizes há outras tarefas proibidas por ordem rabínica para que o Shabat seja completamente diferente de um dia comum da semana. A seguir veremos alguns exemplos:
a. A proibição de transformar um sólido em líquido; assim, não se pode desmanchar gelo na mão para beber o líquido que se forma, embora seja permitido colocar gelo num copo com água para gelar a água; não se pode usar um sabonete sólido, pois se transforma em líquido. É permitido usar sabonete líquido.

b. A proibição de manusear objetos proibidos, como máquina fotográfica, instrumento musical, caneta, vela, fósforo, tesoura, etc. Também é proibido manusear animais em geral.

c. A proibição de fazer algo que, embora não seja proibido por si só, pode parecer proibido aos olhos do observador; por exemplo, ligar um aparelho num timer antes do Shabat (quando usualmente não é usado assim), como para forno de microondas, aparelho de televisão, rádio, etc. (é permitido usar um timer para luz elétrica, aquecedor ou ar condicionado.)

d. A proibição de realizar no Shabat tarefas que destoam da santidade do dia; por exemplo um moÌnho cujo dono é judeu não pode funcionar no Shabat; não é permitido assistir TV, ao passar por um aparelho que esteja ligado mesmo que este não nos pertença.

e. A proibição de falar no Shabat sobre assuntos mundanos; por exemplo, programar no Shabat um trabalho que será feito durante a semana (se esta é tarefa proibida de se realizar no Shabat).
Neste artigo colocamos apenas um pequeno resumo das leis que regem os trabalhos proibidos no Shabat. Para conhecê-los mais detalhadamente é necessário um estudo mais profundo. Um rabino deve sempre ser consultado.

Sentir e cumprir o Shabat é algo ímpar e incomparável, sobre o qual está escrito que o Shabat é chamado "um gostinho do Olám, Abá, Mundo Vindouro".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A METÁFORA DO SAPO INTERINO

O sapo interino assume interinamente uma entidade, diz que é sem custos, faz uma coisinha qualquer e, ao final, ganha um laptopzinho. Sapo informático...

O sapo interino assume interinamente uma igreja e consegue um salariozinho que é o valor da prestação de um carro novo. E fica na interinidade pelo tempo exato de quitar o veículo. Sapo motorizado...

O sapo interino assume outra interinidade, ganha uma ofertinha razoável, além de uma cartinha simpática de apoio dos coleguinhas. Sapo institucional...

Êta sapo e$perto?!

Mas como nasceu sapo e para ser sapo, um dia morre pela própria boca. Porque língua de sapo além de grande, tem enorme voracidade...

Deus nos livre desses sapos interinos que querem se tornar sapos permanentes...

Clemir

terça-feira, 28 de setembro de 2010

NOTA DE APOIO PÚBLICO E LOUVOR A DEUS

Diante de críticas que se divulgaram contra o pronunciamento do pastor Paschoal Piragini Jr., vimos a público reconhecer seu direito de posicionar-se a respeito de questões tão importantes para o povo brasileiro, como as que motivaram seu pronunciamento, cujo vídeo tem atraído acessos de milhares de pessoas.

Pastor Pascoal foi corajoso, oportuno e profundamente responsável ao posicionar-se sobre questões que militam contra a vida criada por Deus. Seu pronunciamento serviu de despertamento para todos nós que, no exercício da liderança do povo de Deus, temos o dever de chamar nossas ovelhas à reflexão sempre que perigos as ameacem.

Projetos como, por exemplo, o PNDH-3, aprovado pelo Governo Federal e a PL 122, ambos de discutível constitucionalidade, que defendem a legalização do aborto, a aprovação de casamento entre pessoas do mesmo sexo, a regulamentação da prostituição, entre outros erros, atentam contra princípios e valores cristãos fundados nas Sagradas Escrituras.

Reafirmamos a necessidade de avaliarmos bem o posicionamento de cada candidato e de seus respectivos partidos com relação a esses temas. A história e a Bíblia demonstram que as práticas pervertidas de uma sociedade ofendem a Deus, mas a institucionalização da iniqüidade cria o ambiente propício para o surgimento de líderes políticos capazes de impor à própria sociedade horrendos sofrimentos.

Agradecemos a Deus pela vida do Pastor Pascoal Piragine Jr, pela ousadia e pertinência profética, não se encastelando em seu púlpito, antes vindo a público com zelo e lealdade ao seu povo e à Palavra de Deus.

Por fim, encarecemos as orações e a consideração dos pastores em favor de nosso colega, filiado e ex-presidente da OPBB. Não devemos ter a expectativa de que qualquer pronunciamento nosso, como pregadores da Palavra de Deus, seja perfeito, mas precisamos estar ao lado daqueles que lutam as nossas lutas. Por isso nos colocamos agora, ao lado do nosso irmão Pascoal Piragine Jr.

“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” ( 2 Tim.1.7) Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2010.

LÉCIO DORNAS
Presidente da OPBB

JURACY CARLOS BAHIA
Diretor Executivo da OPBB

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Receita para uma igreja bem sucedida

Gabriel Andrada é jovem, seminarista, recém casado, e cheio de ideais. Evangélico desde o berço, diz que só se converteu de fato com 17 anos em um acampamento de carnaval. Desde a experiência de conversão, que o levou às lágrimas, participa de eventos evangelísticos de sua igreja. Agora se sente vocacionado para ser pastor. Ávido por ser “usado” por Deus, Gabriel matriculou-se em um pequeno instituto bíblico.

Gabriel me conheceu na internet e escreveu pedindo ajuda. Precisa que eu lhe ensine o “caminho das pedras” para começar uma igreja do zero. Pensei, pensei!  Sem conhecê-lo, sem saber exatamente aonde o noviço quer chegar, resolvi correr o risco de responder. Disse que para uma igreja ser bem sucedida no Brasil são necessários a combinação de pelo menos dois, de quatro ingredientes.

1) Um pastor carismático. Que tenha traquejo para falar em público com desenvoltura. Que cante afinado, ou que pelo menos comece os hinos no tom certo. Que tenha boa memória para decorar versículos e saiba citá-los sem tomar fôlego. Que seja simpático e bem humorado no trato pessoal.

2) Um bom prédio em uma boa localização. Que a igreja seja em um lugar de fácil acesso. Que tenha bom estacionamento. Que seja confortável, preferivelmente com cadeiras acolchoadas, climatizado com ar condicionado. Que os banheiros limpos não cheirem a creolina.

3) Acesso à mídia. Que a nova igreja tenha programa de rádio ou de televisão. Mas que a programação ressalte as qualidades especiais do líder como o apóstolo escolhido de Deus para os últimos dias. Que repita sem parar que a igreja é especial, diferente de todas as outras. É bom que o locutor fale em línguas estranhas (glossolalia) e profetize sobre detalhes da vida dos crentes. Que crie uma aura de “poder” pentecostal e curiosidade nas pessoas de comparecerem aos cultos.

4) Teologia da Prosperidade. Que o pastor não tenha escrúpulo de prometer milagre à granel. Que a maior parte do culto seja gasto colhendo testemunhos de gente que enricou com as campanhas dos sete dias, com os jejuns da conquista, com as rosas santas, com os cultos dos Gideões, com as maratonas de oração. Quanto mais relatos, melhor.

Ressalto. Gabriel não precisa se valer de todos os pontos para se tornar o novo fenômeno gospel brasileiro. Entretanto, sem o quarto ingrediente, ele não vai a lugar nenhum. Basta que combine qualquer um com o último e seguramente se tornará um forte concorrente nos disputadíssimo mercado gospel.
Entretanto, como vai concorrer com expoentes bem consolidados, terá que trabalhar muito. Talvez precise fazer o programa de rádio ou de televisão na madrugada.  No começo, para pagar o horário, terá que fazer merchandise de Ginka Biloba. Gabriel não deve ter receio de oferecer, por uma pequena oferta, lenço ungido, óleo sagrado ou água do rio Jordão. Se necessário, pode até vender cadernos escolares com a capa espiritual; tipo, um rapaz surfando e uma frase ao lado: “Cristo é ‘sur-ficiente’ para mim”.
Não sei se Gabriel entenderá a minha ironia. Caso leve os meus conselhos a sério, logo teremos uma nova igreja de nome bizarro. Contudo, quando estiver nos píncaros da glória, todos saberão que a trajetória de Gabriel Andrada não foi tão espiritual quanto se poderia supor. “Há algo de podre no reino da Dinamarca” – Shakespeare.
Soli Deo Gloria.                                                                                                                Ricardo Gondim 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SERMÃO PROFERIDO NA PIB EM RAIZ DA SERRA, 19/09/2010


TEXTO: Isaias 6.1-8
TEMA: QUANDO DEUS ESTÁ NO TRONO.

INTRODUÇÃO
→ Os cincos primeiros capítulos do livro são usados para demonstrar com clareza a condição pecaminosa de Israel. De acordo com muitos autores, talvez Isaias tenha adian=do esse capítulo para causar impacto, vendo a condição desse povo de impuro lábios.
O texto diz que Isaias viu o Senhor (Adonai = Soberano).
VIU→ teofania, isto é, manifestação visível do Deus invisível. A vinda de Deus é acompanhada por fenômenos como terremotos, fumaça, fogo e relâmpagos (Is 29.6; Ex 19.18-19).
Aqui Isaias viu a Arca do Testamento, no Santo dos Santos do templo. Era o trono visível do Deus invisível. 
E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o testemunho que eu te darei.
E ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel(Exodo 25.21-22).

TRONO → Assento elevado em que ficam os soberanos (autoridade suprema; dominador; aquele que influi poderosamente) nas ocasiões solenes.
→ MAS, QUEM FOI UZIAS?
O nome significa “O Senhor é a minha força”.
→ Explicar a importância do significado do nome para o AT.
Começou a reinar com 16 anos, e reinou por 52 anos (II Crônicas 26.1-23). Manasses e Uzias foram os reis que mais tempo ficaram no trono.
→ O QUE UZIAS FEZ?
→ Edificou a Élate e a restituiu a Judá; Guerreou contra os Filisteus; Quebrou o muro de Gate; Edificou cidades; Edificou torres em Jerusalém e no deserto; cavou muitas cisternas; Fabricou máquinas em Jerusalém de invenção de homens peritos para atirarem grandes pedras; preparou todo o exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos.
→ O QUE ELE TINHA SOB AS SUAS ORDENS?
→ Um exército de homens destros nas armas; 307 mil e 500 homens; 2.600 homens valentes (II Cro 26.1-23).
Uzias morreu com lepra. “E dormiu Uzias com seus pais, e o sepultaram com eles no campo do sepulcro que era dos reis; porque disseram: Leproso é. E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar” (II Cro 26.23).

FOI NESTE ANO EM QUE O REI UZIAS MORREU QUE ISAIAS VIU O SENHOR ASSENTADO EM UM ALTO E SUBLIME TRONO.
Isaias teve uma visão correta de Deus.
A visão correta de Deus é a visão do Deus assentado no trono.

QUEM ESTÁ ASSENTADO NO TRONO DA SUA VIDA?
Quando eu tenho a visão certa de Deus no trono:
1º) Eu reconheço/enxergo que sou pecador (v.5)
Citar Isaias 59.1-2
Isaias reconhece que habita o meio de um povo de lábios impuros e que também tem os seus lábios impuros. Por essa causa, ele estava distante de Deus.
O pecado nos deixa distante de Deus.
2º) Eu permito ser tocado por Deus (v.7)
Isaias permitiu que Deus tocasse em seu pecado (lábios impuros), na sua ferida, naquilo que estava atrapalhando a sua comunhão com Deus.
Tocar com brasa viva nos lábios dói. Quando Deus quer tratar o nosso pecado dói. Não existe anestesia para isso.
→ Contar o fato ocorrido no churrasco em casa com pescoço e pé de galinha
3º) No momento de sufoco (v.5), Deus não tarda em enviar providência (v.6)
Isaias reconhece o quanto é pecador após ter visto a Arca do Testamento. Ele viu a santidade de Deus e pensou: “Eu vou morrer”, talvez tenha lembrado de Deus falando a Moisés em Êxodo 30.20: “E disse mais: não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”.
4º) Eu ouço a voz de Deus (v.8).
Interessante notar que só havia Isaias e os Serafins (citado somente 2 vezes no AT e justamente por Isaias) no templo.
Serafins com seis asas: duas cobriam o rosto a fim de que não sejam consumidos ao fitar a glória do Senhor; duas cobriam os pés em um ato de humilhação; com duas voavam para cumprir as ordens do Senhor.
5º) Quando sou procurado por Deus digo: “eis-me aqui”.
A partir deste momento Isaias será reconhecido como o “príncipe da todos os profetas”. Depois dessa experiência com o Senhor, Isaias foi usado poderosamente.

CONCLUSÃO
1 – Foi dos seus lábios que o povo ouviu que viria o Maravilhoso conselheiro, Deus Forte...
2    Foi ele que anunciou o ano aceitável do Senhor.
3    Foi Isaias que advertiu o povo a buscar o Senhor enquando se pode achar e invocá-lo enquanto está perto.
4 – E que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar e nem seus ouvidos surdos para que não possa ouvir.
QUEM ESTÁ NO TRONO DA SUA VIDA?
Pr. Washington Vieira de Freitas

Quem sou eu

Minha foto
Magé, RJ, Brazil
Pastor Batista, esposo da Estefane Vieira, uma mulher maravilhosa e pai de uma linda menina, Lis.

Nossa família!

Nossa família!